A Great Center of Experiences

quinta-feira, setembro 28, 2006

Música de celebração


*Acabei de assistir o debate da Globo. Devidamente descontado algumas gafes, como "esgoto" no lugar de "imposto" (apesar do nosso olfato não gostar de nenhum dos dois), Alckmin ganhou de lavada, ou melhor, deu uma pedalada no Mulla (os "peores" trocadilhos da semana).

*A folha online informa que a amarelada do presidente Mulla foi a segunda matéria mais lida do site, claro, só perdendo para Cicarelli. O que é lamentável.

*Deste pequeno detalhe pode-se concluir que o nível intelectual no Brasil não anda lá essas coisas. A corrupção passando bem debaixo das narinas do povo, e este cai babando por uma metidinha mequetrefe. Com mil diabos...

*Mas vai aí uma rapidinha. Datarock. Single Fa-Fa-Fa. E é pra comemorar o segundo turno garantido. Oba!

*Daqui umas horas estarei em Minas Gerais. Então, até lá.

* Aceita um uísque? Fa Fa Fa Fa Fa...

Dorme não!

(Deitado na cama e bocejando).

Que preguiça homérica, véi. Não sei por qual razão continuo com este maldito exercício de idiotice. Talvez seja para espantar meus demônios, hehe. Vocês (eu e mais uma meia dúzia de gatos pingados) não têm noção do quanto é chato escrever, postar, linkar (inventei mais um verbo) e pensar um blog. O pior: sem receber um centavo sequer R$ 0,01 (com cifrão fica mais chocante). Minha vaidade é minha remuneração (você leu isso em Nelson Rodrigues, hein?). Pobre a coitadinha, não?

Abro um parêntese, ou dois? Dou uma parada e vou ao banheiro. Não, não fui cagar. Volto e a anemia cerebral não me deixa escrever nada além deste textim de adolescente mixuruca. Estou capinando meu HD em busca de música para plantar neste deserto. Pensei em Junior Boys, Rinocerose, Killers (novo álbum), Fratellis, Benny Benassi, MSTRKRFT (é isso mesmo, não digitei errado), mas a bosta (o sujeito que gosta de xingar) do Blogger e do GoEar, sites onde hospedo este execrado blog, estão mais velozes que uma lesma manca.

Então, imaginem, desisti! Daí achei melhor, e mais cômodo também, postar este vídeo tosco que fiz no festival de música eletrônica que rolou, dia 09/09, em Foz do Iguaçu. Conheçam o Numb Numbs.

Estamos combinados?


quarta-feira, setembro 27, 2006

Entrevista imaginária com Infadels

Vin Dorian: Olá, Bnann Watts (vocal). Bom, é seguinte: os leitores deste blog não conhecem muito bem você (e sua banda), por isso não estranhe as perguntas simples que irei fazer.

Infadels: Ok! Sem problemas. Mas me responda: em que planeta vive seus leitores?

Vin Dorian: (risos) Ah, isso é uma longa história. Uma coisa é certa: eles estão evoluindo...

Infadels: Tomara, né!?

Vin Dorian: É o que se espera. Mas vamos ao que interessa. De onde são? Que som vocês produzem? Quais são suas influências?

Infadels: Hackney, leste de Londres. Nosso som é uma miscelânea, digamos, pós-punk. Mistura rock, pop, eletrônica e até um retrô anos 80/90, ou seja, uma zona organizada em forma de música (risos). Influência? Foi isso que você perguntou? Bem, gostamos muito de Radio 4, The Rapture, Klaxons, Prodigy, Faithless, Hard-Fi, aliás, tudo que mistura rock com eletrônica; o que cremos ser o novo cenário musical de nossa época.

Vin Dorian: Quanto tempo de estrada?

Infadels: (silêncio) Há uns dois anos atrás resolvemos sair estrada a fora (parafraseado Jack Kerouac em On The Road) lançando nossos singles. Tocávamos mais nos redutos underground’s do Reino Unido, possilvemente motivo deste "ostracismo". Até hoje nunca fomos alvejados por tomates ou ovos podres (gargalhadas). Este álbum [We Are Not the Infadels] é o primeiro trabalho da banda, e até agora a crítica tem sido muito bacana conosco.

Vin Dorian: Só li elogios. Outra: vocês têm ciência que suas músicas (primeiro disco) estão estouradas nas pistas brasileiras?

Infadels: (surpresa) Aé?! Que bom! Pô, cara, não sabia. Poste ai em seu blog nosso som e teste o termômetro, depois nos avise.

Vin Dorian: Beleza! É o que vou fazer. Obrigado pela entrevista. Vida longa!

--

Ladies and gentleman,

Catei do espólio de Nelson Rodrigues (inventor da entrevista imaginária) uma característica sui generis para apresentar-lhes The Infadels, banda inglesa que está bombando, como dizem os tarzan’s capixabas, nas pistas do mundo.

Separei três rits que considero os melhores do disco. São eles: “Love like semtex”, “Girl That Speaks No Words” e “Give Yourself To Me”.

Não se esqueçam dos agradecimentos no final.

Ouçam aqui!

terça-feira, setembro 26, 2006

Terrible époque

Vem cá, vocês já repararam o quanto somos desinteressantes e desinteressados? O quanto somos plásticos e recicláveis? O quanto é acéfalo, efêmero e criativo o mundo globalizado? O quanto tudo isso é paradoxo e contraditório? Já reparou na intensidade com que o meu e o seu valor prevarica? O quanto é melancólico e ébrio o meu e o seu prazer? Pois é, eu já!

Agora, veja o lado energúmeno deste comportamento padronizado:

“As vestimentas esquisitas que vemos nas ruas têm qualquer coisa de angustioso e de arranjado na última hora. Fazem pensar numa improvisação de pânico, num arrecadar febril de um minuto de fuga”.

“As roupas variadíssimas dos homens nas ruas, ao contrário, pela diversidade, pela variedade, pelo despropósito, são coisas apanhadas às pressas e significam justamente o contrário dessa espera: são símbolo de fuga”.

“Hoje, a diferença está na pele, no corpo bem torneado, na brancura e na perfeição dos dentes, na textura dos cabelos – tudo impossível de se tratar de herança genética, pelo menos, por um período que dure mais que cinco anos da vida adulta de um ser humano normal. Botox, preenchimentos de rugas, eliminação de gorduras, alisamentos e tratamentos capilares, hormônios especiais, vitaminas, suplementos alimentares, lipoesculturas, plásticas corretivas, cremes e produtos de última geração estão promovendo o surgimento de uma nova espécie de gente – o homo plasticus”.

“O homo plasticus é o produto final da sociedade socialista de consumo (por mais ambíguo que isso possa parecer), resultado de um projeto de alienação coletiva controlado, que conduz os habitantes do planeta ao "umbigocentrismo" coletivo, onde todos têm a ilusão de viver livres, satisfeitos e em sociedade, quando, na verdade não passam de meros robôs-agentes da utopia dos "Iluminados" – o que há de mais "super-mega-plus" na geração dos Big-Brothers”.

E para finalizar:

“Quando a onda do sexo passar, e os impotentes de amor descobrirem a enjoada monotonia do sexo sem amor, sem grande amor, passarão a matar. A matar em grupos. Comunitariamente. Haverá cursilhos para ensinar a matar sem ódio, como hoje se ensina o sexo sem amor”.

sábado, setembro 23, 2006

>>> Music.com by Dj Vin

Olá (aperto de mão, hã?). Prazer! Meu nome é Dangerous Muse. Sou um recém-nascido. Coqueluche das melhores pistas, quase um “over and over” hotchipiano.

Meu estilo é um electro-clash meio 80’s, mas dizem que sou pop. Tudo bem. Rotulem à la vonté. Só quero ver se vocês conseguem ficar postados como um poste com este som.

Patine e ouça!

Capa da revista Veja

"Quando ele promete merda, é candidato; quando faz merda, é presidente". by José Simão

"O presidente manda. O jornalista publica. O contribuinte paga". by Diogo Mainardi

"A coisa é assim: Jorge Lorenzetti deixa o comitê de campanha de Lula, mas se diz inocente. Freud Godoy é exonerado, mas se diz inocente. Ricardo Berzoini confessa que tinha ouvido falar do assunto, mas se diz inocente. É um caso tipicamente petista: há o crime, mas inexistem criminosos". by Reinaldo Azevedo

quarta-feira, setembro 20, 2006

Falando o óbvio

"Só há duas saídas para o Brasil, Galeão e Cumbica" by Roberto Campos

O mar de lama cada dia aumenta mais. Dá até um samba, não? Se o mestre Cartola estivesse aqui, mesmo sendo analfabeto, mas um genial compositor, este já teria desmascarado o bandido-mor que cede esmola -- parafraseando Ortega y Gasset -- ao rebanho humano (vulgo parasitas estatais, povão), Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, atendendo também pelo alcunha, Mulla da Silva. Até quando seu mandato vai durar, só o diabo que vive nele poderá nos responder. Se depender da atuação broxa da oposição PSDB/PFL, durará mais 4, 8, 12 anos, e por ai vai... Mas vamos ao que interessa, antes que tudo fique confuso na nossa mente (tática aplicada pelo establishment capenga do lulismo).

Note-se, a priori, que o levantamento que irei fazer é um exercício e tanto de memória. Recordar todos os artigos do Código Penal de uma levada só, não será tarefa fácil. São muitos crimes para se recordar. A tentativa de desarmar a população de bem é uma; a frustrada mordaça na imprensa foi outra, além dos dólares cubanos para a campanha, temos o assassinato de Celso Daniel, os dólares na cueca, os "patrocínios" (com dinheiro público) ao MST, UNE, MSLT, ONGs, o uso político – e gritante - da Polícia Federal, a ligação direta dos ataques do PCC com o PT, o mensalão, batizado pelo tagarela sofista oficial do governo, Sr. Márcio Thomaz Bastos, de “caixa dois”, e mais os... etc., etc., etc.

Não bastasse isso, os quadrilheiros stalinistas, não saciados com tamanha roubalheira e corrupção, somam a este quinhão podre o projeto autoritarista do PT (alguém aí teve aula de história, ou vocês tiveram uma educação orwelliana-gramscista nas escolas?), para que, aliado ao chavismo latino americano, petistas se perpetuem no poder quebrando sigilo de Ministros do STF (sem autorização judicial, claro!), criando dossiês, sanguessugas, referendos manipulados, ingerências ministeriais, incompetências, e mais um catatau de bandidagem sórdidas.

E a quê isso nos remete? Que conclusão tiramos disso? Buscando ser breve, até por que falar o óbvio é um porre desgraçado, vislumbra-se somente uma coisa: quem vota no Lula só pode ser considerado um débil mental, um nefelibata, um asno, um canalha; um inútil e anestesiado Zé Ninguém.

Anota aí: dia 01 de outubro, seguindo o conselho do meu camarada Mainardi, tape o nariz e vote 45. Dentre os esquerdopatas, Geraldo Alckimin é a melhor opção.

Até...

sábado, setembro 16, 2006

Se liga!

"Primeiro foi preciso inventar garfo e faca; depois a humanidade aprendeu a comer decentemente". (Robert Musil)

A “nova” moda das bandas -- como The White Stripes e The Raconteurs -- é a mistura que estas fazem com seus integrantes. A jogada de marketing do momento, claro, para evitar coisas (e frases) do tipo “a melhor banda de todos os tempos da última semana”, é dar uma pausa em bandas que começam, digamos, a cair no gosto – e na maldição! – popular.

Sim, a lógica do gueto voltou. Hoje existe um trilhão de tribos musicais. E o barato é pertencer aos nichos desconhecidos, pirações do tipo “fight club”. Existe uma certa teoria (pseudo) psicológica nisso. Há aí os Indies, os EMOs, os Glams, 60s, 70s, 80s, 90s, hardcore, punk, os tresloucados do Trance etc., etc., etc.

A engenhoca funciona mais ou menos assim: Jack White, fundador e líder do White Stripes, cria, por exemplo, undergroundmente, uma banda alternativa, e lá, em conjunto com outros integrantes de bandas lugares-comuns, tocam e formam uma virgem e “promissora” (no caso do Raconteurs, sim) banda musical. Neste caso, foi o que se desenvolveu com o The Raconteurs, que possui integrantes do White Stripes (Jack White), Jack Lawrence e Patrick Keeler, que tocam no Raconteurs e trampam no Greenhornes, e Brendan Benson, também integrante deste “quadrado mágico”, que mescla no Elliott Smith, além de ter um projeto solo muito bom, diga-se de passagem. Esta é uma característica geral. Tem aplicação erga omnes, em todos os sons, em todas as tribos.

Este cenário, ou melhor, tendência, tem se firmado dia-a-dia. Acontece com o Radiohead, que tem seu vocalista, Thom Yorke, com o estupendo disco “The Eraser” em projeto solo. Na mesma situação temos o The Rakes, e por aí vai. No Brasil percebo resquícios (cópias, vá lá) deste faro musical. Mas por se tratar de péssimos músicos, nada se persevera mais do que umas três ou quatro minguadas semanas. Veja a decadência do rock brasileiro. Até o funk carioca, deus-me-livre!, tem letras mais criativas (e objetivas) que o rock nacional. Mas isso é papo pra jornalista chapa-branca. Aqui, faço apenas o papel de educar as massas ignóbeis.

Caso queira ouvir The Raconteurs, vá à caça. Procure na internet, hehe.

Agora não me amole, e vá ver se estou na esquina. Achô?

-----

Em breve este blog publicará uma lista de bandas porretas. Aguardem!

quinta-feira, setembro 14, 2006

Vitória, terra indígena

"É uma verdade incrível como a existência da maior parte dos homens é insignificante e destituída de interesse, vista exteriormente; e como é surda e obscura sentida interiormente. Composta apenas de tormentos, aspirações impossíveis; é o andar cambaleante de um homem que sonha através das quatro épocas da vida, até a morte, com um cotejo de pensamentos triviais". (Arthur Schopenhauer)

Vitória está sempre em déficit! Quando o problema é político, pior ainda. A saúde aqui não está na CTI como afirmam os desavisados, encontra-se, de fato, enlatada em umas das gavetas do IML. Mas (hoje não!) esses assuntos me dão ânsia de vômito. Em resumo, como disse Hugo von Hofmannsthal, "nada está na realidade política de um país (cidade também) se não estiver primeiro na sua literatura".

E o que encontramos nas livrarias? Fora os pseudo-intelectuais de araque, só o lixo, e ainda best-sellers, auto-ajuda. Estes sim, existem aos milhares. Servem para adestrar e nutrir a massa de imbecis retardados da ilha. O povo está nu. A inteligência pelada em praça pública. Mais triste que este cenário deprimente, só a diversão capixaba. E é disso que vou falar, ou melhor, debochar.

Vitória resume-se ao Triângulo das Bermudas. Um reduto de mauricinhos-classe-média que ostentam carros e idiotices as prestações. Sempre o mesmo crack de, digamos, pessoas. Bebem, narcisizam e voltam, idiotizados e vazios de si, para casa. As músicas? Ah, as músicas! São as piores possíveis. Armandinho é o Caetano Veloso de Vitória. Chiclete com Banana o Arctic Monkeys do momento. E olha que este “momento” é permanente.

As pessoas daqui não evoluem. No crime, vivem à época de lampião. A melhor perfomance capixaba deveria ser o arco e as flechas nas mãos. Gritando e batendo no peito como um tarzan. A roda aqui continua quadrada. É o perfil capixaba completo. Que venha os festivais, os vitais, os catatais. Estou de malas prontas. Lugar de selvagem é no curral. Preciso de civilização. Estúpido é quem crê na juventude brasileira como o futuro do país.

Obrigado!