Cá pra nós, como é cômica nossa campanha política nambiquara. As figuras são bizarras. Publicitários idem. Além do analfabetismo escolar, há também – meu Deus! - o analfabetismo político. É aquela ladainha do lugar-comum: educação, saúde, moradia, segurança, habitação etc., etc. Com uma agravante: pior que os candidatos, são os eleitores. A pesquisa do IBGE demonstra o por quê de Roberto Campos sentenciar: “não corremos o menor risco de dar certo”. Lá constatamos, em resumo, o perfil do eleitor brasileiro, que, data hilária venia, não consegue discernir “alho” de “bugalho” numa campanha anarco-stalinista-dita-eleitoral.
O discurso Estado, Estado e Estado é uma tragicomédia. Para esses estadistas de araque, que não administram sequer um carrinho de pipoca, o super-poderoso Estado deve dar de mamar, como uma criança mimada, todo cidadão imbecil brasileiro. Quando acordarem do pesadelo do Estado paraíso, o inferno estatal estará sob o comando de Heloisa Helenas e Rui Costa Pimentas.
Mas pra quê esquentar a cabeça, né?! É muito mais cômodo ceder poder ao Estado para estatizar nosso pensamento e nossa desídia laboral e intelectual. Mas se algo der errado, não se esqueçam: é tudo culpa do imperialismo, do Bush, do capitalismo, do lobo-mau, do bicho-papão, das “zelites”.
Reflita com Reinaldo Azevedo:
Negros, feministas, homossexuais, índios, sem-terra, sem-teto, sem eira nem beira... Todos anseiam que a história seja vivida como culpa, e a desculpa se traduz na concessão de algum privilégio. Isso que já é uma ética coletiva supõe que todos são vítimas de alguém ou de alguma coisa. De quem ou do quê? Ninguém sabe. "Da sociedade" talvez. A hipótese é interessante. Poderíamos zerar a história, dissolver os contratos e voltar ao estado da natureza ."
Igualdade? Justiça? Reparação? Nada disso. Consolida-se é o divórcio entre os partidários desse igualitarismo – que, de fato, é um particularismo que corrói as bases do Estado de Direito – e os da universalidade. O "novo homem" do antigo marxismo – que era, sim, uma utopia liberticida e homicida – foi substituído pelos bárbaros, cujo mundo ideal é aquele disputado por hordas, tribos, bandos, de que entidades do "terceiro setor" são proxenetas bem remunerada ."
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