A Great Center of Experiences

sábado, setembro 16, 2006

Se liga!

"Primeiro foi preciso inventar garfo e faca; depois a humanidade aprendeu a comer decentemente". (Robert Musil)

A “nova” moda das bandas -- como The White Stripes e The Raconteurs -- é a mistura que estas fazem com seus integrantes. A jogada de marketing do momento, claro, para evitar coisas (e frases) do tipo “a melhor banda de todos os tempos da última semana”, é dar uma pausa em bandas que começam, digamos, a cair no gosto – e na maldição! – popular.

Sim, a lógica do gueto voltou. Hoje existe um trilhão de tribos musicais. E o barato é pertencer aos nichos desconhecidos, pirações do tipo “fight club”. Existe uma certa teoria (pseudo) psicológica nisso. Há aí os Indies, os EMOs, os Glams, 60s, 70s, 80s, 90s, hardcore, punk, os tresloucados do Trance etc., etc., etc.

A engenhoca funciona mais ou menos assim: Jack White, fundador e líder do White Stripes, cria, por exemplo, undergroundmente, uma banda alternativa, e lá, em conjunto com outros integrantes de bandas lugares-comuns, tocam e formam uma virgem e “promissora” (no caso do Raconteurs, sim) banda musical. Neste caso, foi o que se desenvolveu com o The Raconteurs, que possui integrantes do White Stripes (Jack White), Jack Lawrence e Patrick Keeler, que tocam no Raconteurs e trampam no Greenhornes, e Brendan Benson, também integrante deste “quadrado mágico”, que mescla no Elliott Smith, além de ter um projeto solo muito bom, diga-se de passagem. Esta é uma característica geral. Tem aplicação erga omnes, em todos os sons, em todas as tribos.

Este cenário, ou melhor, tendência, tem se firmado dia-a-dia. Acontece com o Radiohead, que tem seu vocalista, Thom Yorke, com o estupendo disco “The Eraser” em projeto solo. Na mesma situação temos o The Rakes, e por aí vai. No Brasil percebo resquícios (cópias, vá lá) deste faro musical. Mas por se tratar de péssimos músicos, nada se persevera mais do que umas três ou quatro minguadas semanas. Veja a decadência do rock brasileiro. Até o funk carioca, deus-me-livre!, tem letras mais criativas (e objetivas) que o rock nacional. Mas isso é papo pra jornalista chapa-branca. Aqui, faço apenas o papel de educar as massas ignóbeis.

Caso queira ouvir The Raconteurs, vá à caça. Procure na internet, hehe.

Agora não me amole, e vá ver se estou na esquina. Achô?

-----

Em breve este blog publicará uma lista de bandas porretas. Aguardem!