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quarta-feira, novembro 08, 2006

A quimera estudantil

Não começa, porra. Que merda de cabeça é essa que só vai na contramão do senso comum. Puta que pariu, meu. Disparou ele como se fosse um paulista civilizado. Pensava em voz alta. Pediu desculpa. Tudo isso porque, hoje, ele fez um tour pela biblioteca da faculdade. E, olhando aquele punhado de caras sentadas e embasbacadas, teve - obrigatoriamente - um vil pesadelo.

É isso que realmente quero?, ou é o que o momento tem me feito acreditar? Indagou. Malditas dúvidas. Ali, na sala de estudos, via-se sonho, viagem ao exterior, vaidade, silicone, botox, moda, estupidez, representação, via-se tudo, menos futuro, e, principalmente, inteligência.

Um país onde estudantes médios dedicam-se, dia após dia, a ter uma carreira “segura” e ilude-se com um Brasil de cujus, comandado por ladrões em potencial e idealistas frouxos, tem futuro? Vale o esforço? Pensou novamente, mas agora com a lembrança e imagem da família "feliz" no dia de sua formatura.

Arriscou e sentenciou um sonoro - NÃO. Claro que não. Acorda do sonho. A luta pelo salário de fome continua. "Ele ganha bem, cara, mil reais por mês," lembrou do que o amigo a pouco lhe falava. Enquanto isso um caminhão de homúnculos planejam um futuro legal. Oh, como é doce e barata a ilusão vendida nas universidades particulares.

O que os camelôs universitários andam lhe vendendo nesta fábrica pueril e estéril?

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