A estética torta da falsa inteligência

# Lá vem o chato, o mala.

Nos EUA, apoio e sou republicano. Republicano não apenas por simpatia e convicção ao liberalismo econômico, que simboliza liberdade, individualismo, menos Estado e democracia, mas também pelos valores e princípios (de direita) que o partido representa.

No Brasil, como não há – e creio, nunca houve – partido de direita, sou o idiota no sentido etimológico da palavra, isto é, apolítico, como era chamado os “nordestinos” da época grega. Atualmente a palavra possui um significado latu, mas serve, ainda, e bem, para definir o eleitor tupiniquim.

Superado. Falo disso porque ontem (madrugada do dia 12.10) conversava eu com uma supimpa amiga de Los Angeles, Tatiana Sabrina Schulenburg, uma linda e talentosa artista que ganha a vida nos EUA. Essa amizade, virtual, se prolonga por anos. Acredito que há uns 3 ou 4 anos. Mulher decidida, inteligente, de personalidade ácida, que passou por tragédias familiares inenarráveis, mas a tudo superou. Embora seja toda virtude e mais uma penca de adjetivos, Schulenburg tem um defeito grave: é esquerdista e democrata.

Sabe o que foi pior? Ela afirmou, ingenuamente, quero crer, que o partido republicado é responsável por criar e colocar os Ditadores latino-americanos no poder! E, além disso, chamou-me de ignorante por apoiar os republicanos. Numa indagação irresistível que lhe fiz (qual a fonte desse disparate intelectual?), a idiota latina americana que mora lá, respondeu-me com argumentos “ad hominem”, que “isso não é segredo nenhum”, “todo o mundo sabe”, “vá estudar”, "ignorante".

Nesse momento o QI 12 sai do messenger dizendo que aquilo não era “assunto para se debater ali”. Certo, Tati. Não se deve discutir isso em lugar algum, aconselho, pois, dependendo do lugar onde se expõe essa aberração, corre-se o imenso risco de fazermos o "papel de palhaço", de sermos o motivo de chacota diante dos outros. Esconda logo este seu raciocínio de rebanho, pelamordedeus...

Minutos depois, noto aquela luz laranja do msn piscando na tela inicial do windows. Era um link. Era Tatiana sugerindo a leitura desta reportagem para que, eu, Vin Dorian, pudesse estar a par da melhor informação, rárárá. Li. E ri. Tatiana adota um fato isolado (particular) e generaliza-o (no geral). Encalça-se em premissas ignaras de Michael Moore, e num genocida sanguinário, Gonzalo Guevara-Cerritos, que foi, segundo a reportagem, treinado por republicanos e colocado no poder em El Salvador. Ai, ai... Só não consigo vislumbrar a razão dessa intenção. Se você, leitor, tiver uma, ajude-me.

No decorrer do bate-papo inquiri minha “douta” colega se esta sabia que o ex-presidente Clinton foi doutrinado e financiando pelos comunistas chineses, e que foi ele o responsável-mor (eufemisticamente falando) pelo crescimento do terrorismo no ocidente quando fez vistas grossas a Bin Laden. Sabe o que ela respondeu, para minha surpresa? Que sabia sim. “Que todo mundo sabe disso também”. Pelas lepras de Lázaro, Tati, como você consegue assimilar uma atrocidade dessa e, mesmo assim, contraditoriamente, apoiar um partido democrata?

Chega de tagarelas que falam falam e não provam nada. Cansei dos que "ouvem falar" e saem por aí ministrando palestras como (pseudas) autoridades no assunto para os homúnculos latino americanos. Preciso de dados, estudos, que comprovem isso que você está afirmando, Tatiana. Abaixo os achismos!

Pro seu governo, é bom que saiba que a lei aprovada pelos democratas e republicanos, ao arrepio da Constituição Americana, que permite a tortura e a quebra de sigilos sem autorização judicial, não passou, e jamais passará, por meu aval. Apoio os republicanos, mas ilegalidades como essas devem, categoricamente, serem repelidas, independente de partidos ou ideologias.

Portanto, Tatiana, antes que você saia por aí blefando reductio ad absurdums, é aconselhável recorrer-se à lógica e ao estudo da história em primeiro lugar, e, em seguida, à coerência intelectual. Nesta escola de chavões esquerdistas onde você "estuda", já adquiri título de doutorado e fui expulso por recorrer-me ao racionalismo. Okey?